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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estudo mostra dificuldades na hora de contar que se é portador do HIV



Foto: Fiocruz
Viver com HIV exige cuidados especiais consigo mesmo, mas também com o próximo: como se dá o processo de revelação da soropositividade nas relações sexuais ou afetivas? Foi isso que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) resolveram investigar, em estudo publicado na edição de setembro da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.
A pesquisa analisou como e se homens, hétero e bissexuais, contam sobre sua condição para seus parceiros sexuais. Os resultados indicaram que o ato de revelar requer confiança e que é mais frequente entre heterossexuais, mas também para parceiros fixos, soropositivos, para mulheres, e menos frequente para profissionais do sexo.
Para o estudo, os pesquisadores entrevistaram 250 homens, moradores de São Paulo, usuários de serviços especializados no cuidado ao HIV/Aids. “A revelação não é um ato simples. Envolve uma cuidadosa consideração sobre para quem e quando e depende de uma preparação e de uma decisão pessoal”, explicam os estudiosos. “Observamos que o temor à rejeição provoca isolamento e sofrimento e dificulta a revelação para parceiros sexuais atuais e futuros”.
Os dados da pesquisa apontaram que, nos seis meses anteriores ao estudo, dos consultados, 69% relataram terem revelado sobre o problema de saúde para parceiros fixos, mas apenas 32% contaram sobre a situação para profissionais do sexo ou anônimos com que se envolveram. A análise das informações obtidas também indicou que a proporção de revelações do diagnóstico foi maior em casos em que os parceiros fixos eram mulheres ou também soropositivos para HIV.

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