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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Carinho materno na primeira infância pode ser a chave para a maior resistência às drogas

Filhos de mães afetuosas produzem substância que evita o vício

O cuidado e atenção da mãe durante a primeira infância podem ter influência direta no futuro da criança. Pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, em parceria com cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, identificaram que os carinhos feitos pela mãe durante a primeira infância podem modificar a resposta imune do cérebro do filho quando ele crescer, diminuindo seu interesse por drogas.

Em estudo com ratos, eles encontraram um nível elevado da molécula interleucina-10 nos filhotes que tinham muito contato físico com a mãe. A substância é capaz de modificar a resposta do cérebro exposto a elementos viciantes. Os pesquisadores comprovaram que os cérebros dos animais que receberam mais carinho da mãe ao nascer apresentavam mais genes ativos destinados a produzir a interleucina-10.

Em testes, ratos que se separaram da mãe mostram preferência por morfina
Para chegar a essa conclusão, os cientistas utilizaram uma técnica chamada de manipulação de paradigma, retirando os ratinhos da gaiola por 15 minutos e levando-os em seguida para o encontro da mãe. No grupo de controle, os ratinhos não foram separados da mãe em nenhum momento.

Em seguida os ratinhos foram introduzidos em uma câmara com duas aberturas, onde havia uma dose de morfina em um dos lados e uma solução salina inofensiva no outro. Os testes mostraram que os filhotes que nunca se separaram da mãe tinham maior tendência a procurar o lado com a solução salina, enquanto aqueles que foram retirados da gaiola diversas vezes optavam pela morfina com mais frequência.

Mães afetuosas geram crianças mais aptas para as pressões da vida adulta
De acordo com os pesquisadores, o estudo indica que quanto mais afagos e carinhos uma criança recebe, maior será sua capacidade de produzir a interleucina-10, diminuindo a probabilidade de se tornar viciada em drogas no futuro.

Em 2010, estudo da Universidade de Duke identificou que a construção de um vínculo forte com a mãe contribui para diminuir o estresse da criança, além de dar suporte no desenvolvimento de habilidades para lidar com as pressões da vida adulta. Na ocasião, os cientistas verificaram que os filhos de mães afetuosas apresentavam baixos índices de ansiedade, hostilidade e perturbação em geral.



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