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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Taxa de causas diretas de mortalidade materna cai mais de 60%



Foto: Erasmo Salomão / Ascom-MS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Deborah Malta, anunciaram na tarde de hoje os índices de mortalidade materna no País. Segundo o ministro, há previsão de uma redução expressiva nos números de 2011. “Dados comparativos do 1º semestre de 2010 e 2011 mostram queda de 19% no número de óbitos maternos, é a maior redução de mortalidade materna já registrada ”, afirmou Padilha.
Dentre as principais causas diretas de mortalidade materna, também houve redução. “Desde 1999, podemos perceber que taxas de causas diretas de mortalidade materna, como hipertensão e hemorragia, caíram mais de 60%”, detalhou a coordenadora Deborah Malta. Os dados ainda apontam para a redução de 81% de óbitos maternos decorrentes de aborto nos últimos 20 anos.
Padilha associou esses números a uma série de fatores de avanço da saúde pública. “Contribuem para esses índices a universalização do acesso ao pré-natal. Hoje, cerca de 96% dos partos no Brasil acontecem em ambiente hospitalar”. O ministro ainda fez referência aos serviços cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS)qualificados para atender mulheres vítimas de violência sexual. “Aumentou o número de serviços credenciados para realizar o aborto legal, aqueles previstos em lei”.
Essas e outras ações estão inseridas na estratégia Rede Cegonha, lançada pelo governo federal no começo de 2011, cujo principal objetivo é reduzir as mortes maternas por meio de uma rede de cuidados de assistência à mulher e ao bebê. Até janeiro de 2012, 17 estados e 1.542 municípios já aderiram à rede, totalizando 930 mil gestantes acompanhadas.
Também foi anunciada a criação de uma ferramenta web para auxiliar os profissionais de saúde no acompanhamento do pré-natal. “Essa ferramenta auxiliará no acompanhamento da gestante, com dados sobre exames e demais informações. Com o novo sistema, teremos espaço exclusivo para registro de gestantes de alto-risco. A partir da semana que vem, daremos início à implantação desse sistema”, revelou o ministro. Além disso, o Ministério fará vídeo-conferências mensais com gestores estaduais para acompanhamento de partos no País.
MP 557 – Durante a coletiva também foi falado sobre o auxílio financeiro para deslocamento às consultas de pré-natal e à unidade de saúde onde será realizado o parto, previsto no texto da Medida Provisória 557 de 2011. O auxílio, que visa incentivar a gestante a realizar o pré-natal completo e o mais cedo possível, será repassado para as gestantes por meio de cartão magnético emitido pela Caixa Econômica Federal. O pagamento do valor de até R$50 reais será iniciado no mês de abril.
A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Deborah Malta, falou ao Blog da Saúde e ressaltou a importância de medidas para diminuir ainda mais o número de mortes decorrentes de gestação.

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