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domingo, 20 de maio de 2012

Estímulos intrauterinos proporcionam relação afetiva entre pais e bebê



Foto: Kristy-Anne Glubish/Design Pics/Corbis
Os bebês, ainda dentro do útero, percebem o mundo fora do útero. Com 12 semanas de gestação quase todos os pequenos órgãos sensoriais estão formados. Eles são capazes de piscar os olhos, abrir a boca, sentir cheiro e sabor. A partir da vigésima semana o aparelho auditivo está completo.
“Percebemos que eles adoram ouvir a voz da mãe. É importante que ela cante para ele, conte histórias. Ele está propício a receber estímulos e este é um momento muito importante para começar laços afetivos. O que inclui o pai”, conta a psicóloga da Linha de Cuidado Mãe, Bebê doHospital Conceição, vinculado ao Ministério da Saúde, Eliana Bender. “A vida intrauterina não é tão estática quanto se acreditava há um tempo”, garante.
Isto porque, segundo a especialista, estudos confirmam que os bebês são capazes de aprender ainda no útero. “Estudamos o comportamento e o desenvolvimento emocional intrauterino. Percebemos que o bebê além de reconhecer sons, está familiarizado com odores, tem preferência por alguns sabores que reconhece por meio do líquido amniótico, escolhe posições dentro do útero e até brinca com a placenta”, diz a especialista.
“No caminho para pegar o ônibus, por exemplo, a mãe pode ir conversando com o bebê, cantar enquanto lava a roupa. É uma vida que está acompanhando a rotina dessa mãe. O toque na barriga, também é muito importante. Ao dedicar alguns minutos do dia para fazer carinho na barriga, o bebê sente o calor materno”, observa Eliana.
De acordo com a psicóloga, o estímulo vai desenvolver o amadurecimento do feto, e a mãe precisa ter a consciência do compromisso e ter uma disponibilidade afetiva. “Não pode idealizar que vai ser tudo tranquilo. Ao longo da gestação é impossível a mãe não viver momentos de estresse, de angústia, de tensão. Estes sentimentos, tanto os negativos, quanto os positivos, proporcionam para a criança um aprendizado se a mãe estimular a sensação de segurança, otimismo, esperança”, ensina.
As histórias que a mãe conta enquanto a criança está no útero, garante a especialista, são as que acalmam os pequenos depois que eles nascem. O mesmo ocorre com a música, que, ao contrário do que muitos acreditam, não precisa ser clássica. “Não adianta ouvir música clássica com a intenção de estimular a inteligência do bebê se a mãe não gosta deste estilo musical. Não é produtivo porque será feito sem prazer. Será registrado pelo bebê como algo desagradável. O importante é a mãe fazer atividades que ela gosta. São atitudes que serão reconhecidas como agradáveis e seguras”, frisa a especialista.
Para a psicóloga, os pais não tem que se preocupar em criar muitos estímulos para desenvolver superdotados do ponto de vista intelectual. “Disponibilidade afetiva também alimenta o cérebro. A criança vai se tornar apta a aprender à medida que ela se sentir segura a desvendar o desconhecido. Temos que nos preocupar em proporcionar para estas crianças sentimentos de pertencimento, para que, no futuro, elas se permitam sensações não tão familiares”, conclui Eliana Bender.
Fonte: Ana Paula Ferraz/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde

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