No dia da Consciência Negra, lembrado neste domingo, 20 novembro, o Ministério da Saúde
alertou para a importância de ações capazes de combater o preconceito
racial na rede pública de saúde do Brasil. Uma das medidas já
estabelecidas nesse sentido foi o acordo assinado recentemente para a
adesão da campanha “Igualdade Racial é Pra Valer“. O acordo prevê o enfrentamento ao racismo institucional no SUS, Sistema Único de Saúde.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforça que é preciso vigiar
permanentemente o tema. ”Os preconceitos que existem estão arraigados na
forma como a instituição se organiza, como o serviço se organiza, como
os profissionais foram formados e a cultura da própria instituição. Por
isso que nós queremos uma campanha permanente de combate ao racismo
institucional nos serviços públicos e privados de saúde”, destaca.
Alguns estudos já apontaram as diferenças no tipo de atendimento
prestado a pessoas brancas e negras. Um deles revelou que, na hora do
parto, mulheres negras acabam recebendo menos anestesia do que as
brancas. A diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa do
Ministério da Saúde, Julia Roland, explica que é preciso conscientizar
os profissionais de saúde. ”A primeira coisa para termos um combate
efetivo é reconhecer que o problema existe. E ver medidas também para
combatê-lo, que é o caso do próprio profissional de saúde tomar
consciência disso na medida que acolhe e recebe o usuário do SUS, seja
negro, índio ou de qualquer outra etnia com tratamento digno a todos”,
ressalta a diretora.
Segundo ela, é preciso ser realizado um trabalho contínuo de
conscientização, já que o preconceito racial ainda é uma realidade no
País e isso se reflete em todos os setores.
Fonte: Blog da Saúde
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