Meta do governo é aumentar o número de unidades credenciadas para a realização do procedimento até o fim do ano
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar a quantidade de hospitais capacitados para fazer abortos legais, incluindo de fetos com anencefalia. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (13). " Hoje, temos 65 hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde para fazer o aborto legal, ou seja, que a Justiça autoriza. E temos mais 30 hospitais sendo qualificados para isso. Nossa meta é que, até o fim do ano, tenhamos 95 hospitais preparados em todo o país para esse serviço" .
Segundo informou o ministro, a Rede Cegonha, programa do governo federal de atenção à gestantes e bebês, vai contribuir para identificar a situação de anencefalia durante o pré-natal e diminuir riscos para as mães.
Ontem (12), após dois dias de debate, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a favor e 2 contrários, que a interrupção de gravidez no caso de fetos com anencefalia comprovada não é crime.
Ainda sobre a decisão do STF, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chegou a divulgar nota em que " lamenta profundamente" a decisão do Supremo de autorizar a interrupção da gravidez em casos de feto com anencefalia. No entendimento da entidade, permitir o aborto nesses casos é " descartar um ser humano frágil e indefeso".
Já o Conselho Federal de Medicina instituiu uma comissão especial, nesta sexta-feira (13), que terá a missão de estabelecer em, no máximo 60 dias, os critérios para o diagnóstico de anencefalia (Veja mais aqui).
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