O agente comunitário de saúde:
construção da identidade dessepersonagem híbrido e polifônico
O presente artigo analisa o processo de construção de identidade dos agentes comunitários
de saúde (ACS) a partir de sua inserção na equipe do Programa de Saúde da Família e da
interação com os moradores dos bairros onde atuam. Destacaremos dessa análise especialmente
os aspectos que dizem respeito aos conflitos de interpretações, as relações de poder que se estabelecem
entre os usuários do programa na construção identitária do ACS a partir de três perspectivas:
aquela que vem inscrita na formação oficial desses agentes, aquela produzida pelo próprio
agente acerca de si mesmo e da sua prática e aquela veiculada pela comunidade. Pode-se dizer
que o fato de ser o ACS uma pessoa que convive com a realidade e as práticas de saúde do bairro
onde mora e trabalha, e ser formado a partir de referenciais biomédicos, faz deste um ator que
veicula as contradições e, ao mesmo tempo, a possibilidade de um diálogo profundo entre esses
dois saberes e práticas.
Palavras-chave Agente Comunitário de Saúde; Redes Comunitárias; Serviços de Saúde; Programa
Saúde da Família
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