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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cientistas realizam testes com vacina de DNA contra leucemia mielóide

Cientistas acreditam que podem controlar a doença pela vacinação dos pacientes contra um gene associado ao câncer

Nova abordagem de tratamento contra o câncer - que fortalece o sistema imunológico de pacientes e que lhes permite lutar contra a doença de forma mais eficaz - está sendo testado em seres humanos, pela primeira vez, no Reino Unido.
O tratamento é baseado em uma vacina de DNA, desenvolvida por cientistas da Universidade de Southampton (Reino Unido), que vai tratar de um grupo de voluntários com leucemia mielóide aguda ou crônica - duas formas de câncer de medula óssea e sangue.
Os cientistas defendem que podem controlar a doença pela vacinação dos pacientes contra um gene associado ao câncer (gene tumor de Wilms 1), encontrado em quase todas as leucemias agudas e crônicas.
Uma equipe de pesquisadores e profissionais de saúde, liderada pelo professor Christian Ottensmeier, de Southampton, e pela doutora Katy Rezvani, do Imperial College London, espera contratar até 180 pacientes para o julgamento que será realizado em hospitais de Southampton, Londres e Exeter, ao longo dos próximos dois anos.
"Na leucemia mielóide crônica, o tratamento atual pode reduzir o câncer, mas a droga deve ser tomada por tempo indeterminado e tem efeitos colaterais desagradáveis. O prognóstico da leucemia mielóide aguda, atualmente, é pobre e melhores tratamentos são urgentemente necessários", comenta Ottensmeier.
"Nós já demonstramos que este novo tipo de vacina de DNA é segura e pode conseguir ativar o sistema imunológico em pacientes com câncer de próstata, intestino e pulmão. Acreditamos que irá provar ser benéfico para pacientes leucemia mielóide aguda e crônica".
No estudo, cada participante receberá seis doses de vacina de DNA ao longo de um período de seis meses, com doses de reforço ainda mais se for bem sucedida. A vacina será administrada de uma forma inovadora, utilizando eletroporação, em que pulsos elétricos criam permeabilidade das membranas celulares e permitem maior absorção do material biológico após a sua injeção no tecido muscular e pele. O sistema de eletroporação foi desenvolvido por empresa farmacêutica americana.
O sucesso das vacinas será medido durante um período de dois anos para a leucemia mielóide aguda e vai avaliar a resposta do sistema imunitário à droga através de um marcador da doença (BCR-ABL) para leucemia mielóide crônica.

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