Levantamento divulgado nesta
terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde indica que 77 municípios
brasileiros estão em situação de risco para a dengue, incluindo uma
capital, Porto Velho. Nessas áreas, onde vivem mais de 5,7 milhões de
pessoas, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do
mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Além disso, 375 cidades estão em
situação de alerta para a dengue (índice de infestação entre 1% e 3,9%),
enquanto 787 registraram índices considerados satisfatórios (menores
que 1%).
A pesquisa foi realizada em 1.239
municípios brasileiros. No ano passado, 800 prefeituras haviam
participado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes
aegypti (LIRAa), feito pelo governo desde 2003.
Das 77 cidades em situação de risco
para a dengue, 58 participaram da pesquisa pela primeira vez e dez
mantêm a classificação desde o ano passado. Em 2011, 48 municípios foram
identificados em situação de risco, 338 estavam em alerta e 414
apresentaram índice satisfatório.
No Nordeste, mais de 70% das larvas
do mosquito se concentram em reservatórios de água. No Sudeste, mais da
metade dos focos (59,2%) estão em depósitos domiciliares. No Sul e no
Centro-Oeste, o problema maior é o lixo, enquanto no Norte há uma
situação de equilíbrio entre o armazenamento de água e o lixo.
O secretário de Vigilância em Saúde,
Jarbas Barbosa, lembrou que, em dezembro, o verão começa oficialmente
no país e que o período é considerado predominante para a circulação do
vírus da dengue. “Contamos com a parceria importante de estados e
municípios para que a gente tenha uma mobilização com antecedência para
evitar epidemias no próximo verão”, disse.
O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, alertou que o LIRAa funciona como uma espécie de fotografia de
momento e que a circulação da dengue deve aumentar em alguns municípios.
“Teremos mais chuvas, o que é um ambiente mais provável para infestação
do mosquito. Certamente teremos municípios com situação de epidemia”,
disse.
FONTE: Agência Brasil
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